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Para introduzir a análise da Forma Simples do Valor, Marx faz considerações gerais sobre a existência de, numa expressão de valor, dois polos: a forma relativa do valor e a forma equivalente do valor, que se determinam e se excluem, extremos que se confrontam. Uma tem seu valor expresso (relativo em outra mercadoria) e outra é a materialização do valor da primeira (sua forma equivalente).--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3. A FORMA DO VALOR OU O VALOR-DE-TROCA
A) Forma Simples, Singular ou Fortuita do Valor
1. Os dois pólos da expressão do valor: forma relativa do valor e a forma equivalente
2.
3.
4.
O segredo geral da forma do valor acaba sendo a forma simples do valor.
Temos a expressão de valor: A = B
As duas mercadorias diferentes (A e B) representam dois papéis distintos numa relação. A mercadoria A tem papel ativo, encontra-se sob a FORMA RELATIVA DO VALOR. A outra, B, apresenta um papel passivo, sob FORMA DE VALOR EQUIVALENTE.
Observamos a expressão sob o ponto de vista do agente da troca que possui o bem A. O valor de A só pode ser expresso relativamente, ou seja, em outra mercadoria. Na intenção de realizar uma troca, portanto, o busca-se uma mercadoria equivalente ao bem A. Logo, a mercadoria equivalente (B) se manifestará, nessa relação, como forma equivalente de valor, pois ela será a expressão corpórea do valor de A. As formas relativa e equivalente se determinam, conforme visto, de forma simultânea. São polos opostos de uma mesma expressão de valor; por isso, excluem-se.
Ao observarmos a expressão sob o ponto de vista do agente da troca que possui o bem B, acontece o inverso. A mercadoria B se encontrará como forma relativa de valor; e o bem A será manifestação de valor de B, a forma equivalente do valor.
Logo, em uma expressão de valor, a mercadoria cujo valor é expresso é a forma relativa do valor; a mercadoria através da qual se expressa o valor é a forma equivalente do valor.
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