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Nas considerações iniciais do item 3, Marx relembra a duplicidade do caráter da mercadoria (é objeto material, útil, e é veículo de valor), ressaltando que o valor é apenas uma realidade social, manifestado através de relações de troca. Observando que as mercadorias têm uma forma comum de valor - a forma dinheiro - Marx considera acompanhar o desenvolvimento das formas de expressão de valor, desde a mais simples, para chegar à origem do dinheiro. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3. A FORMA DO VALOR OU O VALOR-DE-TROCA
Mercadorias surgem sob forma de valores-de-uso, corpóreas, como objetos materiais – sua forma natural. Só são mercadorias, todavia, por serem, além de “coisas”, veículos de valor.
Os valores das mercadorias, mensurados por uma mesma substância social - o trabalho humano - são apenas uma realidade social. Portanto, é somente através da relação de troca, do confronto entre bens diferentes, que o valor, então “escondido” em cada mercadoria, é revelado, manifestado, mostra-se como valor-de-troca.
Sobre essa manifestação de valor, sabe-se que todas as mercadorias têm uma forma comum de valor: a FORMA DINHEIRO DE VALOR. Para se chegar à gênese dessa forma de valor, faz-se necessários averiguar como se desenvolveu a expressão de valor contida nas relações de valor existentes entre diferentes mercadorias, da forma mais simples até a última forma conhecida, o dinheiro.
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